Ipea reconhece erro em pesquisa sobre tolerância com estupro

A pesquisa que deixou os brasileiros e as brasileiras chocados, há exatamente uma semana, estava errada. Dizia que a maioria da população acha que mulheres merecem sem atacadas por causa do jeito de se vestir. Hoje, o Ipea anunciou o erro.

O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, Ipea, é subordinado à Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República.

O Ipea não quis gravar entrevista. Por meio de nota, o instituto explicou que houve uma troca de gráficos, o que provocou o erro em um dos itens da pesquisa, divulgada na semana passada.

Na primeira publicação, o Ipea disse que 65% dos entrevistados afirmaram concordar total ou parcialmente com a frase: "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas".

Na nota divulgada nesta sexta-feira (4), o percentual correto é 26% dos entrevistados. Um em cada quatro brasileiros concordam com a afirmação.

Mas o Ipea reafirmou outro item que também provocou reação do público: 58% dos entrevistados concordam com a frase: "se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros.

O Ipea disse ainda que, apesar do engano, as conclusões gerais da pesquisa continuam válidas, e levam a um debate na sociedade sobre seus preconceitos. O instituto também pediu desculpas pelo erro. O diretor de Estudos e Políticas Sociais, Rafael Guerreiro Osório, pediu exoneração assim que o erro foi constatado, mas ele continua no instituto como pesquisador. (fonte G1)